Por: @sumodocaju
Achei que meu “sextou” da semana passada não ia acontecer nunca. Eu tava num daqueles dias de fogo no rabo que parece que ninguém consegue apagar. Não sei o que me deu, mas desde a hora que entrei no trabalho, qualquer micro estímulo já me deixava subindo pelas paredes.
O primeiro foi quando meu estagiário saiu da sala para pegar uns documentos. Olhei sem querer para a bunda dele e – ai, ai – não tirei os olhos até a porta fechar. Comecei a fantasiar que ele ia voltar e eu ia dar minha ordem de chefe, pedindo para o rapaz tirar a calça e me mostrar –
NÃO! Nada de misturar as coisas. Guardei meu desejo e segui trabalhando. Lembrei que meu Bestie ia estar me esperando em casa.
Na hora do almoço, mais um momento de desespero. Acompanhei o pessoal num restaurante árabe novo perto do trabalho. Que perigo eu poderia correr, né? Bom, o perigo veio na forma de um garçom que me deixou com vontade de pular por cima da mesa e rasgar sua camisa ao meio. Sorrisão aberto, barba cheia e bem aparada, olhos que poderiam me enfeitiçar de um jeito que, quando eu percebesse, já estaria nua e –
NÃO! Segurei minha onda e pedi a mesma coisa que uma colega, sem nem olhar o cardápio. Mais tarde, eu ia resolver minha questão – o Bestie estaria em casa.
Pensei em mandar mensagem para algum contatinho e abri o Instagram. Quando percebi que tava há 15 minutos no perfil do meu ex, quase pude visualizar uma projeção extracorpórea das minhas amigas me cercando e atirando meu celular contra a parede.
Eu tinha prometido para elas e para mim mesma que não ia mais cair em armadilhas. Alguns meses atrás, eu teria ligado pro meu ex, para uma frustrante noite de soca-fofo, com um gozada (só dele) em 2 minutos, me deixando insaciada de lado. Ou talvez eu tivesse achado alguém num aplicativo, um daqueles caras que diz que ama chupar mulher e que, com certeza, ia passar 20 segundos lambendo minha virilha até perguntar se eu gozei.
Mas eu queria me manter firme na minha promessa. Não ia cair na tentação de correr atrás de alguém, porque eu sabia muito bem qual era o meu desejo. Não era contato humano, nem frustração: eu tava louca era pra gozar, gozar muito, apagar todo o fogo que estava vindo dentro de mim. E era pra isso que meu Bestie estava em casa.
Meu fogo era tão intenso, que até coisas não sexuais estavam me deixando excitada. A cor roxa de um sofazinho me lembrou um quarto de motel chique que eu fui num date bom; o cheiro de café me remeteu à lembrança da casa da primeira mulher que eu peguei; até a palavra “remeteu” me deu vontade de… bom, você imagina o quê.
No ônibus de volta pra casa, outro estímulo doido: uma moça pediu licença e sentou ao meu lado. Só de sentir o perfume que ela usava, fiquei arrepiada. Quando o braço dela roçou no meu, a vontade foi de passar a mão nele e ir subindo até os ombros; depois, segurar a nuca dela e virar seu rosto deslumbrante pra mim, num beijo que ia fazê-la querer descer junto comigo e –
NÃOOOOO! Respirei fundo e guardei minha fantasia pra mais tarde, quando eu chegasse em casa para abraçar o meu Bestie.
No caminho, foram chegando as primeiras mensagens me chamando pra sair. Algumas, das minhas amigas; outras, de pessoas com quem eu tinha dado match. Novamente, senti a tentação de topar alguma coisa, mas minha força de vontade foi maior. O que eu desejava mesmo, hoje, era uma orgia só minha. Eu comigo e com as minhas fantasias. Nada de perrengue.
Cheguei em casa e preparei todo o clima. Tomei um banho quente, fervendo, e botei só um roupão. Apaguei as luzes do quarto, acendi uma vela perfumada, peguei meu lubrificante e, com toda a cerimônia, levantei nas mãos aquele que ia me encher de prazer, o sugador que tinha mudado a minha vida: meu Bestie.
Hora de fantasiar.
Deitada na cama, fechei os olhos e voltei ao primeiro cenário do dia. Eu via meu estagiário voltando para a sala com os documentos. Ele se virava para deixá-los na mesa e eu atirava a pergunta:
– Essa sua calça tá muito apertada, não?
– Eu… Desculpa…
– Se estiver te incomodando, você pode tirar.
Eu dava uma piscadinha e ele, esperto, entendia.
– Que horas eu posso tirar?
– Tranca a porta e tira agora.
Depois de virar a chave, ele vinha para perto de mim.
– Vira de costas.
Eu mesma desabotoava e baixava a calça dele, devagarzinho, revelando aos poucos sua bunda fenomenal.
Meu devaneio foi me deixando molhada e eu fui abrindo o roupão, com o sugador ligado, navegando pelo meu corpo.
Na minha cabeça, era como se eu estivesse vendo a bunda do estagiário na minha frente, apalpando-a, passando uma mão por entre suas coxas e subindo pelo outro lado. Minha curiosidade lutava contra o meu desejo de prolongar o momento, até eu não aguentar mais. Eu subia os dedos lentamente até encontrar a base do pau dele e os deslizava por todo o seu comprimento.
– O bom estagiário deixa a chefe satisfeita.
Com um movimento brusco, eu afastava tudo da minha mesa e deitava em cima dela. Sentia as mãos firmes levantarem minha saia e tirarem minha calcinha. Enquanto, na fantasia, eu sentia os lábios dele saborearem as minhas coxas, meu Bestie foi fazendo o mesmo percurso na vida real.
O pulsar no meu clitóris correspondia à chupada imaginária do meu estagiário, me fazendo arfar e gemer, num gozo que estava cada vez mais próximo, mais rápido do que qualquer sexo que eu já fiz na vida.
Mordisquei meu lábio de prazer com um orgasmo delicinha, um lindo começo para a minha noite. Desliguei o Bestie, ainda seguro na mão, e fui recuperando minha respiração aos poucos.
Inspira.
Expira.
Hora do round 2.
No restaurante árabe, eu estava sozinha, num mundo mágico em que só existíamos eu e o garçom gostoso. Os olhos dele me convidavam ao pulo que eu tinha sonhado em dar por cima da mesa e, de repente, minhas mãos já rasgavam sua camisa ao meio, enquanto a língua quente dele entrava na minha boca.
Na cama, deslizei o sugador pelos mamilos, enquanto no meu paraíso do sonho, o barbudo gostoso tirava minha blusa e chupava meus peitos. Apertei minha cintura ao mesmo tempo em que ele passava a mão nela e descia para a minha bunda.
Eu arrancava a calça dele e o deixava nu no chão, com sua torre erguida pronta para ser montada. Já não dava mais pra segurar e a pulsação do Bestie me pegou em cheio bem na hora que eu começava a cavalgar aquela delícia de homem.
Tentei, na fantasia, seguir olhando para os olhos hipnotizantes do meu garçom, mas o prazer era tanto que, em todas as dimensões existentes, minhas pálpebras se fechavam, para que o tato fosse o meu sentido dominante. Na cama, a pulsação, no sonho, a metida… Um arrepio subiu pelas minhas costas e, por entre as minhas pernas, o fogo começou a se espalhar. Gemi alto, deixando o gozo tomar conta de mim por inteiro, largando o Bestie de lado e curtindo meu segundo orgasmo com um riso estampado no rosto.
Respirei de novo. Meu corpo já tinha começado a ficar suado.
Dei um tempo e fui voltando a mim.
Round 3.
Eu estava descendo do ônibus puxando a moça perfumada que tinha se sentado ao meu lado. No elevador do prédio, eu tascava um beijão na boca dela, com uma mão na sua nuca e a outra na cintura, puxando-a pra mim.
Minha cama agora era cenário na realidade e na ficção, com os devaneios se unindo cada vez mais. Eu entrava no quarto aos beijos e amassos, com as nossas roupas voando para repousar no chão. O perfume da Afrodite do ônibus penetrava minhas narinas e eu quase podia ouvir os sons das minhas pupilas se dilatando, ver meus poros liberando suor, perceber a confusão completa dos meus sentidos, que se revezavam, perdidos, na elaboração daquele prazer.
No mundo real, minhas mãos exploraram meu corpo mais uma vez, sempre auxiliadas pelo Bestie, ao passo que o sonho ficava cada vez mais quente. A deusa sem qualquer roupa na cama, minha nudez colada à dela, nossas línguas entrelaçadas, nossas mãos desbravando territórios… Eu queria beijar cada partezinha dela e fui descendo, sentindo seus mamilos, mordiscando a lateral da cintura, a parte interna da coxa… Eu atiçava o desejo dela, brincando ao redor da buceta, quase encostando, mas sem encostar. A cada aproximação, eu sentia o corpo dela tremer.
Ao mesmo tempo que encostava a língua nos lábios internos dela, o Bestie passeava nos meus. Eu chupava e lambia uma, duas, três, oito vezes e dava uma roçadinha leve no clitóris. Ela tremia. De novo, eu seguia tesando, provocava, criava ritmo, fazia-a se derreter enquanto eu mesma me derretia.
Na hora certa, cheguei no clitóris e chupei. A gostosura na minha boca do mundo imaginário se misturava com a gostosura da pulsação no mundo real. Os gemidos da moça que se contorcia diante do poder da minha boca eram os mesmos que eu soltava diante do poder do meu Bestie. Eram gemidos que se transformaram em gritos quando espasmos deliciosos tomaram conta das minhas pernas.
Tentei segurar o sugador pelo maior tempo possível, enquanto lutava também para manter a imagem do sexo maravilhoso na minha mente, mas o terceiro orgasmo, o mais forte até aquele momento, afastou tudo de uma só vez.
De novo, eu estava na cama rindo e tentando recuperar o fôlego, agora mais suada do que nunca.
Afastei os cabelos, que quase pingavam no meu rosto, e deixei um tempo passar. Essa era a noite deliciosa que eu queria. Três orgasmos seguidos, sem expectativas a serem frustradas. Sexo bom com a pessoa que melhor conhece o meu corpo: eu. Tava bom demais.
E podia ficar ainda melhor.
Meu fogo era tão forte que minha mente virou uma explosão de fantasias. Depois das três delícias que eu tinha provado, era hora de ganhar a minha própria orgia.
Deitada na cama, eu sonhei com os toques do estagiário em uma das minhas mãos, da moça do ônibus na outra e do garçom nos meus pés. Os dedos brincavam ao longo do meu corpo até que os três rostos chegavam perto do meu e me beijavam. Um no pescoço, um no peito, outro na boca.
Num beijo triplo, eu sentia a boca macia da moça e a barba áspera do garçom me excitando além do que eu já estava excitada. Botei o Bestie pra trabalhar e fui desenvolvendo mais o cenário mágico na minha frente.
De quatro na cama, eu fazia os dois homens se ajoelharem diante de mim e escolhia um para começar a chupar. Enquanto minha língua saboreava a extensão do pau do estagiário, minha mão acariciava o do garçom. Dedos habilidosos me tocavam, pegando nos meus peitos, nos cabelos, no pescoço, à medida que eu ia estimulando ambos os paus. A língua quente da moça do ônibus me tocava por trás e eu revezava as chupadas entre os dois rapazes.
Mais molhada do que do que uma cachorra peluda na água, eu quase senti dificuldade para segurar o Bestie em meio a toda essa loucura da minha cabeça. Mas consegui mantê-lo firme enquanto a fantasia ia para lugares ainda mais deliciosos.
Ao sentir um dedo me penetrando e indo direitinho no ponto G, eu puxava os dois homens e abocanhava a cabeça dos paus ao mesmo tempo, chupando e me afastando, pois agora já sentia vontade de, mais uma vez, chupar a gostosa do ônibus.
Eu me deitava na cama e pedia para ela sentar na minha cara, uma perna de cada lado do meu rosto, a lubrificação escorrendo de seus lábios e acertando a minha boca. Lá em baixo, de alguma maneira, os dois homens se posicionavam para me comer ao mesmo tempo. Um dedo passava lubrificante no meu cu e o massageava, penetrando-o aos pouquinhos, até que algo maior e mais grosso o tocava. Eu ia sentindo o pau entrar por trás devagarzinho e degustava, com a boca, o óleo sagrado que saía da moça. Outro pau me penetrava, pela frente, e eu via mais estrelas do que as existentes no céu.
Com aquela profusão de estímulos deliciosos, eu gemia e arfava, completamente louca de satisfação. A partir do ventre, uma onde se espalhou por todo o meu corpo. Me senti gozar uma vez e segurei o Bestie no lugar, sabendo que outro orgasmo viria em seguida. E mais um e outro, até eu perceber que estava deitada, gargalhando alto, na cama mais encharcada que já vi na minha vida.
Realidade e ficção se misturaram, na minha cabeça, como nunca antes. Respirei, feliz e satisfeita, com meu fogo finalmente domado, e peguei no sono. Quem sabe o que meu inconsciente me traria naquela noite?
O mais importante de tudo, nessa sexta-feira deliciosa, foi encontrar a certeza de que eu tenho, na minha mente e nas minhas mãos, um poder enorme, que só depende de mim e de mais ninguém: o de me dar níveis de prazer muito além do comum.
Eu lendo isso enquanto aguardo meu Bestie chegar socorro 🥵🥵🥵🥵🥵 CHEGA LOGOOOO