Provocação
Por: @sumodocaju
Era noite de dia dos namorados e nós estávamos acabando de comer no nosso restaurante preferido. Aproveitávamos a segunda garrafa de vinho enquanto a sobremesa não chegava. Eu já estava meio (muito) alegrinha e sentia que só precisava de um pequeno empurrão para acender o meu fogo.
“E agora? Bora trocar os presentes?”, sugeri. Fiquei de olho na sacola que ele carregava desde a hora que a gente se encontrou. Eu tinha comprado para ele um jogo de vídeo game que tinham acabado de lançar e sabia que ele estava ansioso para ver, por isso me surpreendi quando ele falou, mais cedo, que preferia esperar a troca de presentes para depois da comida. Parecia sacanagem para me deixar na expectativa do meu presente.
Achei que ele ia dar uma desculpa para esperarmos até chegar em casa, então fui logo cortando e puxando o pacote da bolsa.
“Já deu de espera, né? Tome o seu aqui!”
Ele deu uma risadinha maliciosa, agradeceu e disse:
“Se você quer tanto trocar os presentes agora…”
Ganhei uma caixinha quadrada e com uma embalagem bonita. Quando comecei a rasgar o papel, senti o sangue subir ao meu rosto: era um sex toy. Olhei pro meu namorado, que sorria ironicamente, e chequei se alguém estava espiando das outras mesas. Felizmente, não.
“Achei que você ia preferir abrir num lugar discreto, mas…”
Dei uma risada e olhei de canto de olho pra caixa do toy, antes de guardar na bolsa. Era um vibrador com duas pontinhas, ou “chifrinhos”, já que tinham um formato arredondado.
“Pelo que eu vi, deve ser bem gostoso pra nós dois”, falei.
Ele tomou um gole de vinho.
“Eu acho também… Sabe o que eu pensei quando comprei?”
“O quê?”
“Fiquei imaginando como vai ser bom mais tarde, quando a gente chegar em casa. A gente assim, já meio bêbado, se agarrando, sabe? Eu tou aqui olhando pra você e fazendo a maior força do mundo pra me controlar, porque minha vontade é de te dar um beijão na boca e te apertar contra o meu corpo. Se eu pudesse, pulava por cima dessa mesa agora pra pegar você.”
Eu congelei. Dirty talk no meio do jantar? Olhei pros lados, com medo de alguém ouvir. Ele deu outro sorriso malicioso pra mim.
“Ninguém vai ouvir, não. Tá todo mundo concentrado em outras coisas. Eu que tou concentrado só em você. Quer entrar no jogo?”
Meu coração começou a acelerar. Quando abri a boca pra responder, o garçom chegou com nossa sobremesa de chocolate com morango. Eu fechei a boca e me senti ficar corada mais uma vez.
Depois que o garçom foi embora, nós pegamos as colheres e começamos a saborear a sobremesa. Eu resolvi entrar no jogo.
“Tá, quero saber. O que mais a gente vai fazer?” Lancei um olhar safado para ele, enquanto levava a colher à boca.
“Eu vou arrancar sua roupa e te jogar na cama de uma vez. Sabe aqueles beijos que você gosta tanto de receber no pescoço? É por ele que eu vou começar, descendo por aquele trechinho de pele fina entre o pescoço e o ombro. Vou apertar seu braço e entrelaçar meus dedos nos seus enquanto chupo seu peito.”
Ele comeu um pedaço da sobremesa e eu notei que meu fogo já tava beeem aceso. Eu fiquei vidrada nas palavras dele.
“Você nem vai perceber quando eu tiver pegado seu brinquedinho novo, só vai sentir aquelas pontinhas vibrando no seu mamilo e vai se contorcer com a excitação. Eu vou seguir beijando sua barriga e descendo com a minha língua pelo seu corpo todo. Quando eu passar o vibrador pro seu outro peito, minha cabeça já vai estar entre as suas pernas, beijando a parte de dentro das suas coxas e roçando a língua na sua virilha. Eu vou ficar maluco pra sentir o quão molhada você vai estar, mas ainda vou me segurar um pouco.”
Eu já sabia que estava completamente molhada e acho que me arrependi de ter incentivado aquele papo. O que eu queria mesmo era estar montada em cima dele naquela hora. Fui fazer sinal para ele parar, mas não consegui. Ao mesmo tempo que estava em desespero, eu queria ouvir mais.
“É nessa hora que eu vou descer o Duo lentamente pela sua barriga, beeem devagar, fazendo uma pequena pausa ali… é, ali mesmo onde você tá pensando, um tiquinho de nada antes de chegar no clitóris. Vou te deixar dar um último respiro e aí, sim, vou encostar as pontinhas vibrantes lá. Agora, eu vou poder finalmente sentir o seu sabor.”
Ele encostou a mão na minha assim que eu pousei a colher de sobremesa no prato vazio.
“E que sabor… Você não tem nem noção do quanto é gostoso te chupar. Enquanto eu segurar o vibrador no seu clitóris, vou fechar os olhos para ouvir o som dos seus gemidos ressoando no meu ouvido e minha língua vai se deliciar com o sumo que vem de você. Aproveitando o seu gostinho, vou fazer uma coisa que você adora… Você vai sentir meu dedo entrando aos poucos, bem devagar, explorando sua buceta. Vou alcançar aquele ponto que sempre faz você soltar um gemido mais alto e vou brincar por ali, roçando a ponta do meu dedo ao mesmo tempo que o vibrador estimula seu clitóris e minha boca te chupa.”
Apertei a mão dele, quase arfando.
“Vamo embora.”
Ignorando minha súplica, ele riu e seguiu narrando:
“Eu vou sentir você gozar na minha boca, sua lubrificação escorrendo pro colchão. Eu quero ver quantos orgasmos você tem com esse brinquedinho… Quero suas pernas se contorcendo e forçando minha cabeça. Quero sentir aquele calor que sobe no seu ventre, aquele seu arrepio que faz meu pau ficar mais duro do que já tava antes, pronto para entrar em você.”
Levantei num pulo que o assustou. Sem conseguir me controlar, abri a bolsa, tirei um punhado de dinheiro e joguei na mesa.
“Bora pro carro, que a conta tá paga.”
Puxei meu namorado pela mão. Ele ainda fez um sinal pro garçom, indicando que a gente deixou o dinheiro na mesa; eu mal conseguia ver o que acontecia ao redor.
Minha vontade era de transar no estacionamento mesmo, mas ainda tive o bom senso de pedir para ele dirigir pra minha casa, já que as luzes do restaurante iluminavam tudo no veículo. Se a gente transasse ali, ia ser só um espetáculo para os manobristas.
Mesmo assim, não aguentei esperar chegar em casa. Senti a mão dele saindo da marcha e subindo pela minha perna, levantando o meu vestido. Se ele queria provocação, ia ter resposta. Subindo pela perna dele, minha mão sentiu o pau duro por baixo da calça. Nem hesitei. Na bolsa, peguei o vibrador novo e tirei da caixa.
“O que…”
Ele não terminou a pergunta, porque minhas mãos já estavam abrindo o botão e o zíper da sua calça e eu sacava o pau dele para fora, ligando o vibrador e o encaixando na base.
Vi os pelos do braço dele se eriçarem quando comecei a subir e descer o duo pelo pau, encaixado no meio das pontinhas. Eu deixava chegar perto da glande, mas ainda segurava um pouco antes de me dedicar a ela. Eu sabia que, quando chegasse lá, ele ia ficar louco de prazer. Quanto mais eu adiasse, mais intenso seria.
Ele soltou um gemidinho que foi a deixa para eu ir fundo. Estimulei um pouco a glande com o vibrador e depois caí de boca nele, chupando a haste e pressionando a língua contra a cabeça do pau, alternando entre movimentos circulares e chupadas profundas.
O carro foi perdendo a velocidade e eu achei que estávamos chegando em casa, mas me enganei. Suando, vermelho, desesperado, ele parou num lugar escuro e falou:
“Eu te quero agora!”
Me excitei só de pensar que fiz com ele o que ele tinha feito comigo no restaurante. A gente é assim: capaz de provocar o outro até atingir um nível de tesão totalmente incontrolável.
Pulamos pro banco de trás e começamos a agarração. Ele fazia tudo o que tinha prometido no restaurante. Arrancou minha roupa, chupou meu pescoço, meus peitos. Brincou com o vibrador no meu corpo. Eu sabia que ele queria muito meter em mim, mas o desejo dele de me chupar antes prevaleceu. E foi ainda mais do que eu tinha esperado.
Gozei como nunca naquele oral delicioso. Uma potência que combinava a língua, os dedos e um sex toy maravilhoso como fiel escudeiro. Gemi, gritei, suei, tremi e senti ondas de energia dominarem o meu corpo.
Puxei o rosto dele para junto de mim e o envolvi num abraço apertado, com um beijo molhado e demorado. Tanto eu quanto ele queríamos ainda mais. Tomei o toy da mão dele e o posicionei em torno da base do pau. Quando o senti me penetrar, o Duo passou a estimular nós dois. Senti a vibração no meu clitóris, me fazendo dar um gritinho que eu não pude controlar.
Meu namorado também gemia alto, metendo em mim e chupando meu pescoço, apertando minha bunda a cada estocada. Se alguém passasse perto do carro, ia achar que tinha uma orgia acontecendo lá dentro, com gritos e gemidos altos e as janelas mais embaçadas do que naquela cena de Titanic.
Senti as pernas do meu namorado se retesarem enquanto eu mesma contraía as minhas, que apertavam a bunda dele. Gozamos juntos, numa explosão tão intensa que não sei como o carro não pegou fogo. Estávamos suados, arfando, mais vermelhos do que se estivéssemos numa sauna a 80˚C.
Ele desligou o toy e deixou do nosso lado. Ficamos uns minutos abraçados no banco de trás do carro, entre carícias e beijos, aproveitando o torpor que ganhamos com aquele sexo delicioso. Sem perder meu espírito de provocação, cochichei no ouvido dele:
“Em casa, eu quero mais…”
“Bora ver se dessa vez a gente consegue se aguentar até chegar lá.”
Com um riso malicioso, ele foi se vestindo. Segui seu exemplo e passamos ao banco da frente. A noite prometia. Aquela primeira experiência com o toy ia ser só o início de uma grande amizade…
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