Conheci Débora num bar, comemorando o aniversário de Roberta, uma amiga em comum. Ela era bem quieta, mas me chamou atenção. Dava pra ver que, quando ela olhava para as pessoas, parecia que olhava de verdade, ouvia e prestava atenção. Uma hora, ela me pediu para passar uma cerveja e eu quase me derreti, de tão lindos e penetrantes que eram os olhos dela. A mulher era uma deusa.
Perguntei para minha amiga se Débora estava solteira, mas a resposta não foi muito animadora.
– Ela tá, Fabi, mas nunca vi Débora ficar com mulher. Ela terminou um relacionamento de cinco anos com um cara há pouco tempo.
Como eu sou a rainha de me apaixonar por quem certamente não vai me querer, fiquei caída por Débora. Puxei assunto e conversei com ela o resto da noite. Descobri que tínhamos várias coisas em comum: gostávamos das mesmas músicas, das mesmas séries e líamos o mesmo tipo de livro. Ela me indicou um que eu não conhecia e a primeira coisa que eu fiz quando cheguei em casa, às três da manhã, foi comprar numa loja online.
Devorei o livro em dois dias e fiz questão de mandar mensagem para Débora contando como ele era maravilhoso. Ela ficou surpresa de eu ter comprado e lido tão rápido.
Ai, ai. Esse é outro problema meu. Se me apaixono, parece que me entrego totalmente e deixo tudo muito na cara. Mas Débora foi fofa e passou o dia trocando mensagens comigo, falando do livro. Não entendi se estava dando corda ou se apenas sendo amigável.
Uma semana depois, ela me mandou uma música, dizendo que se lembrou de mim. Dei um pulo da cadeira quando recebi. Fiquei louca de felicidade e senti como se fosse o dia mais feliz da minha vida. Ela me queria, eu tinha certeza!
– Fabi, deixe de ser maluca. Débora já me mandou várias músicas, ela só quer amizade.
– Mas ela falou que se lembrou de mim, Roberta!
– Ah, é? Você já perguntou da vida amorosa dela?
– Eu não tenho essa intimidade.
– Pois pergunte e veja o que ela diz.
Roberta era muito estraga-prazeres. Mas eu resolvi fazer o que ela sugeriu e perguntei da vida amorosa de Débora. A gente conversava sobre uma série que estava a umas poucas semanas de lançar uma temporada nova. Aproveitando o papo sobre o casal principal da série, falei que tinha muita vontade de encontrar alguém que me deixasse de perna bamba.
“que sonho né, amiga?”
Ignorei o ‘amiga’ e respondi:
“vc não tem ninguém assim?”
“eu namorei 5 anos, mas não me sentia desse jeito”
“e agora tá na seca?”
“na seca, nunca! tou ficando com dois carinhas kkkk”
Uma resposta triste. Ela continuou:
“e vc?”
“eu o quê?”
“não tem ninguém não?”
“eu tou na seca hehe”
“kkkk deixe dessa!”
“mas é vdd”
“então, faça a festa sozinha! aproveite a solteirice tb!”
Não foi uma conversa animadora, ainda mais por eu ter descoberto que ela estava pegando não um, mas dois caras. Eles, sim, eram felizes. Eu, pelo jeito, ia ter que ficar na mão.
Os dias foram passando e eu decidi que não ficar o tempo todo mandando mensagem para Débora. No dia seguinte à decisão, mandei só duas músicas e um poema para ela. Conhecendo o meu histórico, era um recorde.
Como se não bastasse o coração sofrido com esse amor sem futuro, Débora me mandou uma mensagem perguntando se eu queria ir ver a estreia da temporada nova da série na casa dela. Era uma péssima ideia, afinal só ia me fazer passar vontade. Lógico que eu topei.
Separei minha roupa mais bonita e, a cada dez minutos, mandava mensagem para Débora perguntando se precisava levar alguma coisa, se ela queria que eu cozinhasse, de que cerveja ela gostava mais etc. Ela só dava risada e dizia para eu não me preocupar, que era só pra gente ver a série de boa.
Cheguei à casa de Débora ansiosíssima. Ela parecia ainda mais bonita e cheirosa do que no dia do bar. Entrei na sala e notei que ela não tinha TV. Por um momento delirante, pensei que ela me queria ali com segundas intenções.
– Você se incomoda de a gente ver a série no quarto? A TV fica lá.
Não, eu não me incomodava. Eu ia amar estar no quarto com Débora. Quem sabe ela não se descobria bi e me fazia feliz?
Balancei a cabeça, pra tirar esses pensamentos malucos. A gente só ia ver uma série. Uma série com alguns momentos bem quentes, quase eróticos. Quem sabe se isso… Não! Para, Fabiana!
– Você tá bem? Parece que tá em outro mundo.
Débora estava rindo e eu tentei voltar ao planeta Terra. Resolvemos ir ver logo a série e deixar pra pedir um sanduíche depois do episódio. Sentamos numas poltronas em frente à TV, o que me deixou um pouco triste. Quando Débora tinha falado em assistir à série no quarto, eu já tinha fantasiado que nós duas estaríamos juntas e enroladas num lençol.
As cenas mais picantes da série começaram e eu ficava olhando de canto de olho para Débora, em busca de alguma reação, mas ela estava impassível. Parecia bem entretida com a narrativa. Como ela conseguia? Eu já estava subindo pelas paredes!
Dei um suspiro involuntário.
Débora riu:
– Gatilho?
– Ô… – tentei me acalmar – A seca é longa.
– Ai, amiga, às vezes, mesmo sem estar na seca, dá uma vontade de uma coisa melhorzinha…
– Seus boys não tão dando conta?
– Um eu já dispensei… E o outro não tá me animando muito, não. Você acredita que eu comprei um toy novinho e ele não quis usar?
– Ué. Tem medo?
– Acha que é concorrência. Você nunca pegou um cara assim?
– Eu, felizmente, não fico com homem.
– Ah, eu não sabia! Achei que você era hétero!
Eu dei uma gargalhada.
– Eu? Por que você achou isso?
– Sei lá! Só achei. Mas é muito melhor pra você, viu? É melhor estar na seca do que estar com boy ruim.
– Isso, é mesmo… Qual foi o toy que ele não quis usar?
– Peraí, que eu vou te mostrar.
Ela levantou da poltrona e se esticou na cama, para alcançar a mesa de cabeceira.
– É um vibrador?
– Venha ver. – Débora se sentou na cama, com o toy na mão, e fez sinal para eu me juntar a ela. – Tem mais coisa que um vibrador comum.
Sentei ao lado dela e vi o toy. Era mais elaborado mesmo. Com formato de L, tinha vibração numa ponta e um sugador de clitóris na outra.
– Você acredita que eu não tinha nenhum sex toy?
Eu ri.
– Esse é o seu primeiro? Começou em grande estilo! Gostou?
– Eu ainda não usei.
Senti um frio me subir a espinha. Era a minha deixa. Era só falar “que tal a gente usar agora?”, mas eu não podia ser tão doida. Ela era hétero, capaz até de ficar ofendida comigo. Enquanto eu me policiava para não falar besteira, Débora soltou:
– Bora testar? – Débora ligou o vibrador. – Olha essa vibração, que doideira.
Por um instante de felicidade, eu achei que Débora estava falando de a gente usar ali, juntas, na hora. Mas ela só queria testar as vibrações e sucções na mão. Devo ter dado algum indício de que não tinha entendido direito, porque ela logo falou:
– Que cara é essa?
Eu comecei a rir e peguei o vibrador da mão dela.
– Desculpa, eu tomei um susto. Nossa, essa é bem doida mesmo.
– Susto? – Débora riu comigo. – Aaaah! Quando eu falei de testar, você achou que eu queria…?
– Foi!
Ficamos rindo muito, naquele nível de fazer a barriga doer. Quando a gente estava quase recuperando o fôlego, desembestava a rir de novo. Enfim, uma hora Débora conseguiu se controlar e soltou uma frase que me fez gelar:
– E se fosse isso mesmo, você ia dizer o quê?
Antes que eu pudesse pensar, as palavras escapuliram:
– Que, pra me comer, tem que beijar antes.
Débora riu mais ainda e se deitou na cama. Ela me puxou pro seu lado e eu também gargalhei. Nossos rostos foram se aproximando e, quando dei por mim, a gente já estava perdida num beijo molhado.
Meu corpo ficou todo arrepiado e eu sentia aquela sensação maravilhosa de ter conquistado alguém inesperadamente. Todo aquele desespero de pensar que não ia rolar nada porque Débora era hétero foi embora. Deu vontade de gritar “eu sabia!”, mas minha boca estava muito bem ocupada com outros afazeres.
Senti a mão de Débora me puxando num abraço e me dando o beijo com uma pegada maravilhosa. A pegação se intensificava e o vibrador seguia ligado na cama, com seu barulhinho clássico. Débora parou o beijo e me olhou, sorrindo:
– Agora que eu já beijei, posso comer?
– Peraí – eu disse e peguei o toy. – Quero que você sinta isso aqui antes…
Puxei o short e a calcinha de Débora de uma vez e comecei a passar a parte que vibrava pelas pernas dela. Enquanto isso, ia dando beijos do lado interno da coxa, indo lentamente até a virilha. De olhos fechados, Débora tirou a blusa, relaxada, prontinha para só receber prazer. Eu mal podia acreditar que tinha aquela deusa pelada à minha frente, totalmente entregue a mim.
Quando chupei Débora, senti um sabor ainda melhor do que eu podia esperar. Minha vontade era me perder ali e chupar até fazer ela gozar, mas ia dar tempo de fazer isso depois. Para começar o aquecimento, eu tinha o toy perfeito na mão. Ajustei o sugador e o coloquei bem posicionado no clitóris dela. Fui enchendo o corpo de Débora de beijos, mantendo o toy no mesmo lugar. Ela ia gemendo a cada lambida minha, até que nossos lábios se encontraram de novo.
O sugador teve exatamente o efeito que eu esperava. Em pouco tempo, Débora estava arfando e me apertando com os braços. Seus gemidos eram música pros meus ouvidos e, quando ela abriu a boca sem emitir nenhum som, senti seu corpo se enrijecer e percebi que ela estava chegando ao orgasmo. Débora relaxou, soltou o ar de uma vez com um gemido e eu tirei o sugador do lugar, para lhe dar tempo de respirar. Ela me deu vários beijos no rosto e na boca.
– O negócio é bom mesmo…
– E foi só o sugador!
Débora fez uma cara malandra.
– Sua vez!
Senti minha blusa sendo puxada pra cima e eu mesma já fui tirando a parte de baixo. Débora se esticou por cima de mim para pegar algo na mesa de cabeceira e eu senti o calor de seu corpo nu contra o meu. Enquanto ela ia me beijando de cima a baixo, vi que ela pegou um potinho de lubrificante. Logo, logo, o geladinho entre as pernas me deu outro arrepio e eu senti a vibração encostar na minha pele por dentro da coxa.
Débora ia me beijando e passando o vibrador em mim do mesmo jeito que eu fiz com ela. Eu já estava prestes a implorar que ela chegasse lá, quando senti o toy me penetrando. Puxei Débora para outro beijão e experimentei as diversas vibrações que ela ia trocando.
– Me fale quando estiver bom.
Pedi para ela deixar em uma intermediária e me senti totalmente relaxada. Soltei um gritinho quando ela deixou o vibrador certinho no meu ponto G. Apertei sua mão com força, enquanto Débora enchia meu pescoço de beijos e chupava meus peitos. Fui gemendo mais e mais, até uma sensação deliciosa começar a irradiar entre minhas pernas e se espalhar por todo o meu corpo.
Puxei a mão de Débora com o vibrador e lhe dei outro beijo na boca. Ela desligou o toy e nós duas ficamos com os corpos entrelaçados, só no chamego. Eu queria ainda mais:
– Você tem que sentir os dois ao mesmo tempo!
Débora deu risada:
– Bora respirar!
– Você tá respirando muito bem!
Comecei a beijar o corpo dela de novo, aproveitando cada pedaço. Sem brincadeira, eu nunca tinha ficado com ninguém tão linda! Acho que me belisquei umas cinco vezes ao longo da noite, pra confirmar que eu não estava sonhando. Chupei Débora mais um pouquinho, para atenuar minha vontade, e depois peguei o lubrificante. Fiquei sentada, com as pernas dela abertas, uma de cada lado do meu corpo. Enquanto passava o lube nela e no toy, eu ficava perdida admirando a beleza.
– Ô mulher que gosta de me comer com os olhos – ela deu um risinho.
– Você acha?
– Eu ficava na dúvida… Você tinha muita cara de hétero.
– Olhe quem fala…
Débora ia dizer alguma coisa, mas a frase ficou presa na garganta, pois eu já a estava penetrando com o vibrador. Deixei bem encaixado pra pegar o ponto G e posicionei a parte do sugador no clitóris. Ela gemeu mais alto ainda que antes.
Fiz carinho na perna dela e levei minha mão até seu ventre, pressionando-o um pouquinho. Eu me sentia ficar mais molhada do que já estava, só de ver a cara de prazer de Débora. O segundo orgasmo dela veio como uma explosão. Ela gritou e fechou as pernas, empurrando o vibrador para fora e quase travando minha mão.
Ela se virou de lado e eu a abracei por trás, numa conchinha, dando beijos em sua nuca. Ri ao ver que ela tinha um sorriso sereno no rosto.
– Você também tem que provar os dois ao mesmo tempo.
– Eu quero provar é tudo com você – respondi. Eu já estava doida e apaixonada.
Ela riu de novo.
– Comprei mais um toy junto com esse. A gente pode usar outro dia.
– Qual?
Ela apontou para a mesa de cabeceira e, dessa vez, fui eu que me estiquei pra pegar. Era um plug anal, ainda fechado na caixa.
– Huuum… Temos muito o que provar. Você nem abriu?
– Era pra testar com o boy lá. Mas, se ele não quis nem usar o vibrador comigo, imagine se ia querer botar isso no cu.
Dei outro beijo nela. Eu não queria parar de beijar aquela mulher nunca.
– Pois eu topo tudo! Bora mais!
Débora riu, abriu a embalagem do plug e deu uma corridinha no banheiro para lavar. Na volta, apagou a luz do quarto e acendeu uma vela.
– Agora, eu quero você mais relaxada ainda.
Deitei no escuro, sentindo as mãos dela deslizarem pelo meu corpo. Os beijos de Débora se espalharam por mim e o cheirinho da vela de fato me relaxou ainda mais. Eu queria que a noite fosse infinita.
O barulhinho da vibração chegou aos meus ouvidos e eu já me preparei para a delícia que veio depois. A cama estava encharcada de lubrificação, tanto a nossa natural quanto a do lubrificante que Débora espalhava de novo em mim. A entrada do vibrador no meu corpo me fez tremer e, quando o sugador encaixou no meu clitóris, quase me contorci. Virei de lado e segurei o toy na posição certinha. O corpo de Débora colava no meu, por trás. Agora era ela quem me fechava na conchinha.
Ela fazia cafuné e me beijava na nuca, atrás da orelha, nos ombros… Parecia que eu estava no paraíso. E ficou ainda melhor. Mais uma vez, o geladinho do lubrificante me tocou e eu senti os dedos de Débora acariciando cuidadosamente o meu cu. O toque gostoso do plug anal me fez querer que ela o botasse logo dentro de mim e eu soltei um “vem, mete…” que se misturou com um gemido quando ela meteu de verdade.
Eu estava louca de paixão e prazer! A vibração na minha buceta, a sucção no clitóris, o plug também vibrando no meu cu… parecia que a mulher tinha nas mãos e na boca a máquina suprema do prazer. E eu falo da boca porque ela não parava de me lamber, chupar e beijar… eu já me perdia totalmente e não tinha noção de quão alto estava gemendo.
O segundo gozo foi ainda melhor do que o primeiro e eu caí na gargalhada. Voltei a beijar Débora na boca e fiquei abraçada com ela, recuperando o fôlego.
– Fabi…
– Diga.
– Seria massa se a gente tivesse ficado naquele bar, né?
– Seria. Mas também foi bom eu ficar na vontade. Tudo fica mais gostoso, né?
– Poxa, mas a gente perdeu tempo nisso.
– A gente recupera – dei mais um beijo na boca de Débora. – Hoje, a gente não dorme enquanto não acabar a bateria desse negócio.
E assim ficamos, a noite toda mesmo, até acabar a bateria do negócio.
Por: @sumodocaju
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