ALERTA POLÊMICA: E aí, amigas, devemos tratar ficantes como ficantes?
Para quem não sabe sobre o que estamos falando, a gente explica: já viralizaram no instagram e youtube diversos vídeos determinando como devemos agir se estamos ficando com alguém. Imposições como: “nunca durma com ele/ela”, “não pergunte como foi o dia”, “não dê satisfação”, “tenha outros contatinhos”, etc. são comuns de serem ouvidas por aí.
Bem, que esse universo dos relacionamentos é cheio de normas, todo mundo sabe, né? Se estamos namorando, devemos agir da maneira X, se estamos solteiros da maneira Y e se estamos ficando com alguém da maneira Z.
Mas até onde faz sentido agir de acordo com essas regras?
Se você conhece alguém legal e quer demonstrar carinho e afeto, por que não fazer? Preferimos viver em um eterno joguinho de que quem demonstrar menos é o grande vencedor (do quê?).
Regina Navarro Lins, psicóloga especialista em relacionamentos, explica que “as pessoas supõem que a intimidade as torna vulneráveis e tendem a viver esse fenômeno como uma situação perigosa, às vezes, até angustiante, e a sentir um grande medo dela.” Ter intimidade com alguém, então, é visto como algo negativo, e se alguém está sujeito a se tornar tão vulnerável assim, é porque provavelmente “quer compromisso”.
Para evitar mal-entendidos, as pessoas preferem ser frias e agir como desapegadas. No entanto, esquecem que a maior ferramenta que temos para demonstrar o que queremos é o diálogo.
A verdade é que você pode sim criar uma relação bacana com a pessoa que você está ficando, pode perguntar se a pessoa chegou bem em casa e pode chamar para dormir de conchinha, caso seja isso que você deseja. E ainda assim pode explicar que quer um encontro casual (ou não!).
Demonstrar afeto deveria ser pré-requisito para qualquer relação (ainda que seja só de uma noite). Afinal, quem quer transar com alguém frio, que não olha no olho e não faz uma massagem gostosa?
Ah, mas é importante lembrar que isso é uma via de mão-dupla, ok? Da mesma forma que você sendo carinhosa(o) não significa que você necessariamente quer ter um relacionamento sério, também pode acontecer o mesmo para o(a) outro(a).
E aqui fica a dica da Equipe Goodvibres: se você quer ter algo a mais com a pessoa, mas ela já deixou claro que só quer casual ou se ela disse uma coisa e está demonstrando outra, tenha autonomia para decidir se deseja continuar nessa relação ou não!
Não vamos delegar para o outro o poder que temos de decidir se queremos estar ou não em uma relação!
Então, depois do que conversamos aqui, que tal deixar de lado aquelas regras impostas pela sociedade sobre como tratar ficante e curtir o momento do jeitinho que você quiser, sem esquecer de valorizar o diálogo e a clareza nas expectativas? Bora? 🙂
Referências:
LINS, Regina Navarro. Novas formas de amar. São Paulo: Planeta do Brasil, 2017, p. 74.
Inspiração no post da SUPERELA (@superelaoficial) e @desavexe.
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